gostei de o escrever, eu gosto destes temas e cenas deste género.
Era cedo, muito cedo. Uma neblina matinal pairava no ar. Uma
brisa fresca passou por mim, fazendo-me arrepiar até ao osso…
Estava num pequeno parque, junto da minha casa em Londres.
Nos meus ouvidos suava a música “Run Away” das gémeas Megan & Liz.
Pequenas madeixas fugiam da trança que apanhava o meu longo
cabelo ruivo, e dançavam ao sabor do vento. Os meus olhos azuis, puros e
brilhantes, pouco conseguiam ver através da neblina.
Apenas conseguiam distinguir um vulto que caminhava na minha
direcção. Cerrei os olhos, mas pouco conseguia ver. Enfiei as mãos, coma s
luvas cinzentas, dentro do meu casaco vermelho, com pelos castanhos no capucho
e interior. As minhas calças pretas e justas escondiam-se por baixo das minhas
botas de montanha castanhas, abaixo do joelho.
O vulto estava agora parado á minha frente. O meu primeiro
instinto, perante uma situação destas seria correr, para bem longe dali, mas
por alguma razão desconhecida, os meus pés recusavam-se a obedecer.
O vulto estava todo vestido de preto, da cabeça aos pés,
tinha um capucho, impedindo-me de ver a sua face… O vulto retirou as mãos dos bolsos e colocou-as na minha
cintura, entre os meus braços e o corpo, depois puxou-me para si e beijou-me,
juntou os seus lábios aos meus numa busca feroz de prazer carnal e paixão…
Ouvi alguém sussurrar aos meus ouvidos: “Beijo da
Escuridão”. Instintivamente afastei-me do vulto e acordei.
Abri os olhos, estava no meu quarto, reconhecia a textura da cama, o cheiro a madeira velha e maçã, e o som do ramo lá fora a bater na janela, mas por mais que abrisse os olhos, tudo o que via era escuridão…
Senti as lágrimas escorrerem-me pela face, lágrimas pesadas, lágrimas que deixavam atrás de si um caminho cor escarlate, lágrimas de sangue.
Sabia-o devido ao sabor metálico e salgado nos meus lábios, de cada vez que uma gosta os atingia e poisava…
leiam e dêem opiniões, sinceras, muito sinceras! beijinhos
#ana <3
